A expectativa é aproveitar a força da marca e a capilaridade (grande número de agências) para alcançar um milhão de usuários até o fim do ano e oito milhões em até cinco.
Em meio ao crescimento da telefonia móvel no país e, em especial, do uso da internet nos smartphones, o objetivo do Correios é garantir uma boa fatia desse mercado. Neste cenário, a estatal lançará, no próximo mês, sua operação na área de telefonia móvel em todo o Brasil. A expectativa é aproveitar a força da marca e a capilaridade (grande número de agências) para alcançar um milhão de usuários até o fim do ano e oito milhões em até cinco.
O lançamento do novo serviço será gradual: a primeira fase do projeto prevê o início das operações em São Paulo, com a implantações subsequentes em Belo Horizonte e Brasília. No Rio, os consumidores poderão conhecer a novidade em setembro. A meta, de acordo com a estatal, é alcançar todos os estados do Brasil até o fim de 2017.
O Correios promete, como diferencial para atrair consumidores, simplicidade e clareza na prestação do serviço de telefonia. De acordo com a empresa, a maioria dos usuários de telefonia móvel reclama das operadoras, o que pode gerar uma oportunidade de mercado. O objetivo do Correios é deixar claros para o consumidor o volume de dados que podem ser trafegados, o total de minutos disponíveis para chamadas e a quantidade de mensagens de SMS incluídas no plano contratado. O Correios pretende entrar no mercado com preços mais competitivos.
— A nova operadora é importante, pois atinge um nicho de mercado que pode se beneficiar de preços mais baixos e serviços que atendem a necessidades específicas. A empresa deve trabalhar com diferencial em pacote de dados, porque é a grande demanda do país — explicou o especialista em telecomunicações, Eduardo Tude.
O objetivo do novo serviço, segundo a estatal, é atender os clientes que buscam serviços simples, práticos e prestados com transparência. E os pacotes serão planejados para estarem entre os mais baratos oferecidos pelo mercado.
— Há um número enorme de brasileiros que ainda não utilizam telefonia móvel e um número ainda maior de usuários que querem algo mais de suas operadoras. Queremos ser uma boa opção para esse público, nos valendo de nossa vasta capilaridade (rede de atendimento) e da confiança que os brasileiros têm na empresa — destacou o presidente da estatal, Guilherme Campos.
Classes C e D querem preço e qualidade
Para entrar no mercado de telefonia, o Correios fez pesquisas para detectar as necessidades do público-alvo. De acordo com os estudos, o serviço teria credibilidade pela forte marca da estatal. Além disso, a empresa pontuou que os usuários, em especial os das classes C e D, pedem custos mais baixos para os serviços de internet.
— O preço será competitivo em relação às operadoras atuais e estará entre os menores do mercado — afirmou Cristiano Morbach, vice-presidente da Rede de Agências e Varejo do Correios.
Para o especialista em telecomunicações Eduardo Tude, o serviço, se implantado da maneira correta e com qualidade, deverá atrair um grande público, com rapidez.
— Se os preços forem competitivos nesta área, o público-alvo será atingido e deverá aderir ao novo serviço. Vale destacar que não é uma competição direta com operadoras tradicionais, mas, sim, para ganhar um determinado público, que precisa e quer um serviço específico e mais barato — disse Tude.
Com a oferta do novo serviço, o Correios espera ter uma receita de R$ 300 milhões ao longos dos primeiros cinco anos de operação. “No entanto, poderá haver revisão das estimativas conforme a evolução das demandas dos usuários e considerando a sinergia que puder ser construída face às experiências das partes”, informou, em nota.
Outra fonte de receita futura para a empresa seriam as operações de suporte e serviços variados, como distribuição de aparelhos e acessórios. “Uma vez estabelecido o canal de comunicação móvel do Correios com seus clientes, novos negócios poderão ser explorados nesse canal de baixo custo e alto impacto, aumentando a rentabilidade”.
Entenda
Este ano - Inicialmente, serão oferecidos apenas planos pré-pagos, chips e recargas. A partir do segundo ano de operação (2018), serão iniciados estudos sobre a viabilidade da oferta de planos pós-pagos.
Inclusão - Outro objetivo do Correios é ajudar na inclusão digital das classes mais baixas. Apesar de desejar agregar um milhão de usuários ainda em 2017, a Correios Celular não quer entrar na briga com operadoras brasileiras, mas ocupar um nicho, a partir de preços baixos e serviços de qualidade.
Como funciona - O serviço será chamado de operadora móvel virtual (MVNO, na sigla em inglês).
Tecnologia - Com o MVNO, o Correios não terá infraestrutura própria. A estatal fechou acordo com a empresa EUTV, também conhecida pelo nome-fantasia de Surf Telecom, para a prestação do serviço. Curiosamente, a Surf também é uma MVNO, que usa a infraestrutura da TIM para operar nacionalmente.
Reclamações - O sistema usado pelo Correios também é conhecido como credenciado. Caso algo fique em desacordo com os padrões ou uma reclamação formal seja feita à estatal pelos serviços de telefonia prestados, quem responderá será a EUTV, que é a companhia associada à Anatel.
Anatel aprova - A entrada dessas empresas no mercado é benéfica para os consumidores porque aumenta a concorrência no setor. Segundo o presidente da Anatel, o Correios e outras empresas receberam uma autorização de operação conjunta para esaa modalidade e vão usar a rede virtuais de outras operadoras, disse Juarez Queiroz.
Preços - O Correios, por motivo de concorrência, não revelou quando deverá custar o chip e ainda não deu detalhes sobre os planos que serão comercializados. Porém, a estatal quer entrar com toda força no mercado, com preços competitivos, que deverão ser os mais baixos do setor. Serão divulgados em fevereiro. (Bruno Dutra - Jornal Extra)
O lançamento do novo serviço será gradual: a primeira fase do projeto prevê o início das operações em São Paulo, com a implantações subsequentes em Belo Horizonte e Brasília. No Rio, os consumidores poderão conhecer a novidade em setembro. A meta, de acordo com a estatal, é alcançar todos os estados do Brasil até o fim de 2017.
O Correios promete, como diferencial para atrair consumidores, simplicidade e clareza na prestação do serviço de telefonia. De acordo com a empresa, a maioria dos usuários de telefonia móvel reclama das operadoras, o que pode gerar uma oportunidade de mercado. O objetivo do Correios é deixar claros para o consumidor o volume de dados que podem ser trafegados, o total de minutos disponíveis para chamadas e a quantidade de mensagens de SMS incluídas no plano contratado. O Correios pretende entrar no mercado com preços mais competitivos.
— A nova operadora é importante, pois atinge um nicho de mercado que pode se beneficiar de preços mais baixos e serviços que atendem a necessidades específicas. A empresa deve trabalhar com diferencial em pacote de dados, porque é a grande demanda do país — explicou o especialista em telecomunicações, Eduardo Tude.
A secretária Mara da Silva Delfim, de 32 anos, acredita que o novo serviço será interessante se tiver preços competitivos. Foto: Arquivo pessoal |
— Há um número enorme de brasileiros que ainda não utilizam telefonia móvel e um número ainda maior de usuários que querem algo mais de suas operadoras. Queremos ser uma boa opção para esse público, nos valendo de nossa vasta capilaridade (rede de atendimento) e da confiança que os brasileiros têm na empresa — destacou o presidente da estatal, Guilherme Campos.
Classes C e D querem preço e qualidade
Para entrar no mercado de telefonia, o Correios fez pesquisas para detectar as necessidades do público-alvo. De acordo com os estudos, o serviço teria credibilidade pela forte marca da estatal. Além disso, a empresa pontuou que os usuários, em especial os das classes C e D, pedem custos mais baixos para os serviços de internet.
— O preço será competitivo em relação às operadoras atuais e estará entre os menores do mercado — afirmou Cristiano Morbach, vice-presidente da Rede de Agências e Varejo do Correios.
Para o especialista em telecomunicações Eduardo Tude, o serviço, se implantado da maneira correta e com qualidade, deverá atrair um grande público, com rapidez.
— Se os preços forem competitivos nesta área, o público-alvo será atingido e deverá aderir ao novo serviço. Vale destacar que não é uma competição direta com operadoras tradicionais, mas, sim, para ganhar um determinado público, que precisa e quer um serviço específico e mais barato — disse Tude.
Com a oferta do novo serviço, o Correios espera ter uma receita de R$ 300 milhões ao longos dos primeiros cinco anos de operação. “No entanto, poderá haver revisão das estimativas conforme a evolução das demandas dos usuários e considerando a sinergia que puder ser construída face às experiências das partes”, informou, em nota.
Outra fonte de receita futura para a empresa seriam as operações de suporte e serviços variados, como distribuição de aparelhos e acessórios. “Uma vez estabelecido o canal de comunicação móvel do Correios com seus clientes, novos negócios poderão ser explorados nesse canal de baixo custo e alto impacto, aumentando a rentabilidade”.
Entenda
Este ano - Inicialmente, serão oferecidos apenas planos pré-pagos, chips e recargas. A partir do segundo ano de operação (2018), serão iniciados estudos sobre a viabilidade da oferta de planos pós-pagos.
Inclusão - Outro objetivo do Correios é ajudar na inclusão digital das classes mais baixas. Apesar de desejar agregar um milhão de usuários ainda em 2017, a Correios Celular não quer entrar na briga com operadoras brasileiras, mas ocupar um nicho, a partir de preços baixos e serviços de qualidade.
Como funciona - O serviço será chamado de operadora móvel virtual (MVNO, na sigla em inglês).
Tecnologia - Com o MVNO, o Correios não terá infraestrutura própria. A estatal fechou acordo com a empresa EUTV, também conhecida pelo nome-fantasia de Surf Telecom, para a prestação do serviço. Curiosamente, a Surf também é uma MVNO, que usa a infraestrutura da TIM para operar nacionalmente.
Reclamações - O sistema usado pelo Correios também é conhecido como credenciado. Caso algo fique em desacordo com os padrões ou uma reclamação formal seja feita à estatal pelos serviços de telefonia prestados, quem responderá será a EUTV, que é a companhia associada à Anatel.
Anatel aprova - A entrada dessas empresas no mercado é benéfica para os consumidores porque aumenta a concorrência no setor. Segundo o presidente da Anatel, o Correios e outras empresas receberam uma autorização de operação conjunta para esaa modalidade e vão usar a rede virtuais de outras operadoras, disse Juarez Queiroz.
Preços - O Correios, por motivo de concorrência, não revelou quando deverá custar o chip e ainda não deu detalhes sobre os planos que serão comercializados. Porém, a estatal quer entrar com toda força no mercado, com preços competitivos, que deverão ser os mais baixos do setor. Serão divulgados em fevereiro. (Bruno Dutra - Jornal Extra)
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